Ao navegar hoje mais cedo pelo LinkedIn me deparei com um link para uma notícia de 2017, mas super-atual: você sabia que os anúncios estão lhe custando dinheiro?
Ao clicar no link deparei-me com um texto curto, mas bastante elucidativo, que traduzi e coloquei abaixo. Os original está disponível neste link.
Você sabia que os anúncios que vemos na internet podem realmente lhe custar dinheiro?
Os varejistas estão cobrando cada vez mais preços “personalizados” ou “dinâmicos” com base em sua pegada online. Eles manipulam os preços, tentando cobrar o máximo que acham que você está disposto a pagar. Você pode estar sentado ao lado de alguém, olhando para o mesmo produto online, e ser cobrado mais só por causa de um website que você visitou.
Você provavelmente está familiarizado com o quão comum esta prática é na indústria aérea. Tudo isso graças ao software ITA QPX do Google, que fornece soluções às companhias aéreas para fixar os preços “por segmento de mercado, ponto de venda, canal e até mesmo usuário”.
Esse lucro sai do seu bolso porque eles decidiram que você estava disposto a pagar mais por seu vôo com base no rastreamento.
A pior parte é que esta tática de preços sorrateiros tem sido usada há muito tempo em outros setores. O Wall Street Journal realizou um estudo sobre o assunto ainda em 2012:
Websites variam os preços, ofertas com base nos dados dos usuários
Por Jennifer Valentino-DeVries, Jeremy Singer-Vine and Ashkan Soltani
24 de dezembro de 2012
Era o mesmo grampeador Swingline, no mesmo site Staples.com. Mas para Kim Wamble, o preço era de US$ 15,79, enquanto o preço na tela da Trude Frizzell, a apenas alguns quilômetros de distância, era de US$ 14,29.
The Wall Street Journal
E a tendência dinâmica de preços só continua crescendo cada vez mais agressiva.
A propósito, sobre este tema vale a pena dar uma lida em outro texto, desta vez do Guardian. Aqui está um trecho deste texto:
O pensamento por trás do truque dos cookies é que as companhias aéreas podem dizer a partir do histórico de seu navegador quando você estiver particularmente interessado em um vôo – e assim disposto a pagar um preço mais alto – e tirar proveito disso. Se isto é ou não verdade é conhecido apenas por alguns (quando o Guardian perguntou ao BA sobre isto em 2010, ele disse que não usava cookies desta forma). O que é claro, entretanto, é que as companhias aéreas – e muitas outras empresas – estão se movendo cada vez mais em direção a um “preço personalizado”. Às vezes chamados de “preços diferenciados” ou “discriminação de preços”, isto significa cobrar dos clientes preços diferentes pelo mesmo produto, com base no quanto eles acham que as pessoas estão dispostas a pagar.
Cookie monsters: why your browsing history could mean rip-off prices, Arwa Mahdawi
É por estas e outras que eu sou extremamente crítico em relação à falta de transparência no uso de cookies. E ainda tem quem defenda que cookies não contêm dados pessoais…
Agora é a sua vez!
Qual sua opinião: você acha que os anúncios estão lhe custando dinheiro também no Brasil? Já passou por uma situação como esta descrita acima? Compartilhe sua experiência!